Com o final de ano se aproximando, os empreendedores e gestores estão se dedicando ao planejamento de seus negócios para 2023. E isso, é claro, também contempla os canais digitais e conteúdos ou anúncios promovidos nas redes sociais.
Essa etapa de projetar as estratégias de comunicação e marketing da empresa para os próximos meses demanda dedicação, foco e especialmente, visão do futuro, pois investimentos em ferramentas ou ações que não sejam assertivas para o ICP (perfil do cliente ideal) do seu negócio podem vir a prejudicar os resultados.
E já que ter visão do futuro é um tópico importante, eu trouxe neste post as principais tendências em social media para ajudar a sua empresa a se destacar no ambiente digital. Não podemos deixar de olhar para este canal com carinho, afinal, hoje são mais de 4,70 bilhões de usuários presentes e conectados nas redes sociais (Data Reportal 2022), o que representa cerca de 59% da população mundial.
Confira em quais estratégias e ações investir para turbinar os seus perfis no novo ano que chega.
Os conteúdos gerados por usuários – ou o famoso UGC (User-Generated Content), é uma das estratégias que as empresas têm adotado cada vez mais para promover seus produtos ou serviços. Sobretudo nas redes sociais, onde o marketing de influência ou as parcerias com creators (criadores de conteúdo) possuem uma audiência em grande escala.
Os usuários têm buscado por recomendações legítimas na web e quando as marcas conseguem estimular a divulgação de suas soluções pelos creators ou a forma como eles as consomem, consequentemente estão proporcionando um ambiente colaborativo. Onde são apresentadas dicas e informações importantes sobre o que está sendo promovido direto de quem comprou.
E como a sua marca pode adotar o UGC? Proporcionando conversas entre ela e os usuários, promovendo conteúdos relevantes que viralizaram nas redes, estimulando o compartilhamento de vídeos e imagens criados pelos consumidores e especialmente, deixando que eles opinem sobre como deve ser o seu produto ou de qual forma ele deve ser utilizado. A era da personalização é agora!
Foi-se o tempo em que os usuários passavam mais de 1 minuto visualizando vídeos nas redes sociais. Hoje, com a ascensão do TikTok, além de recursos de vídeos curtos como o Reels do Instagram e o Shorts do YouTube, eles estão cada vez mais enxutos e espontâneos.
Também tem sido valorizada a autenticidade dos conteúdos, com poucos filtros, edições e manipulações de imagens. Já existe até mesmo uma rede social específica para isso, a BeReal, onde os usuários enviam imagens em tempo real do que está acontecendo no exato momento em que recebem uma notificação do aplicativo.
Quer implantar vídeos curtos na sua estratégia? Explore imagens de bastidores, tutoriais curtos, Do it Yourself (faça você mesmo), mostre detalhes de produtos e responda às dúvidas dos consumidores na mídia. Os usuários têm cada vez mais buscado na web vídeos que mostrem processos e soluções, portanto use esse recurso a favor de seu negócio. Ou simplesmente, entretenha! Vídeos divertidos e dinâmicos também costumam agradar nas redes, que permitem conteúdos mais leves e objetivos.
Cada vez mais, os usuários buscam encurtar os caminhos para realizar as suas compras online. Por isso, as empresas têm utilizado as redes sociais para facilitar as experiências dos usuários com as transações e exibir os seus produtos como em uma vitrine, mas em perfis do Instagram, Pinterest, Facebook e TikTok.
Quer apostar no social commerce para alavancar as suas vendas online? Então vincule sua loja com o seu perfil, produza fotos ou vídeos profissionais e bem elaborados dos seus produtos, crie descrições objetivas sobre eles e capriche na chamada para a ação, ou seja, no link que direcionará o interessado na compra para o carrinho da sua loja virtual.
Parcerias com influenciadores também costumam trazer muito retorno comercialmente para as marcas – mas escolha com cuidado o perfil de quem vai propagar o seu negócio. É importante que o influencer esteja alinhado com a imagem que a sua empresa quer passar. Sempre faça as seguintes perguntas para si mesmo: Ela(e) compraria e usaria o meu produto de verdade? E se ela(e) usasse, iria gostar? Se a resposta for “sim” para ambas, você está no caminho certo!
Que o marketing boca a boca é uma das maiores fontes de aquisição de novas compras, não é novidade para ninguém. As chances das pessoas adquirirem produtos indicados por outras satisfeitas são bem maiores do que conquistar novos clientes do zero.
E quando o marketing boca a boca acontece nas redes sociais? É aí que acontece a mágica do chamado Community Commerce, que começou no TikTok e está dominando as outras redes.
O Community Commerce nada mais é do que o e-commerce orientado a criadores de conteúdo, com os usuários promovendo marcas e produtos para outros de interesse similar nas plataformas. Ou seja, é caracterizado pela criação de mídias autênticas, divertidas e orgânicas, com os creators apresentando soluções para uma comunidade específica. A trend (viral) “TikTok Made Me Buy It” (TikTok Me Fez Comprar), por exemplo, já alcançou mais de 18 bilhões de visualizações mundialmente, atestando o potencial do aplicativo para o alcance das vendas.
Quer uma dica para a sua marca começar a investir nesta estratégia? Ela precisa estar atenta às trends das redes em que mantém um perfil e produzir ou incentivar a criação de conteúdos relacionados a elas. E é claro, estar atenta aos vídeos produzidos pelos usuários, especialmente aqueles que viralizam.
De acordo com a pesquisa “Business Messaging Usage Research by Kantar” (Abril de 2022), 82% das pessoas querem ter a opção de se comunicar com uma empresa via mensagem de texto ou áudio e 60% dizem que preferem fazer uma compra por mensagem do que ir fisicamente até uma loja.
Partindo deste princípio, podemos deduzir que o WhatsApp Business é um dos canais mais utilizados pelas empresas para facilitar as vendas. E esses números só vão crescer, dado os investimentos que os negócios têm dedicado à plataforma nos últimos anos.
Hoje, já é possível integrar o WA com diversas redes sociais – lembrando que a Meta, na época Facebook, adquiriu o aplicativo em 2014 por USD 16 bilhões. E sempre com o intuito de facilitar a comunicação entre os usuários e também as transações comerciais. Os recursos de marketing conversacional mais utilizados pelas empresas em social media hoje são a inclusão dos botões de WA nos perfis e nos anúncios online.
Para 2023, está previsto para o aplicativo no Brasil o recurso WhatsApp Comunidades, que permite a criação de grupos na plataforma com até 1024 pessoas, além da possibilidade de separar os mesmos com “subgrupos” relacionados a algum tema em comum, como acontece em ferramentas como o Discord. Por exemplo, em um grupo de uma escola, é possível criar subgrupos só de alunos, ex-alunos, professores e gestores.
Quer se destacar usando o WA como um canal de comunicação e marketing? Em primeiro lugar, esteja em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e solicite a permissão dos contatos antes de começar a enviar as mensagens. Então, produza mensagens personalizadas para cada cliente, com interações em tempo real – ou respostas enviadas o quanto antes a eles. E, claro, não seja um spammer, pois ninguém quer receber demasiadamente mensagens de uma marca, por mais adorada que ela seja.
Se você esteve off nos últimos anos e ainda não ouviu falar de metaverso, eu explico: eles são os ambientes virtuais de interação entre as pessoas, simulando espaços reais em meios digitais, que podem ser plataformas, jogos ou até mesmo hologramas.
Ali, os usuários criam os seus avatares – uma simulação do que são na vida real ou então do que querem ser no ambiente 3D. E então conversam e trocam experiências entre si, como se estivessem vivenciando aquela situação, porém sem as limitações físicas do mundo real.
O metaverso já deixou de ser futuro e tornou-se o presente entre as empresas, que têm investido cada vez mais em lojas ou avatares 3D, permitindo uma experiência memorável entre os usuários e a marca. Há também os óculos de realidade aumentada (RA ou VR) e os NFTs: non-fungible token ou token não fungível, que são ativos criados a partir de blockchain (tecnologia de banco de dados) e garantem a autenticidade de um item digital. Quer comprar uma obra de arte virtual? O quadro pode ser um NFT! Quer apenas visitar a exposição de artes virtualmente? Com a tecnologia da Realidade Aumentada, você consegue.
Nas redes sociais, as empresas têm apostado cada vez mais em influenciadores 3D, em filtros que permitem aos usuários fazer a simulação do uso de um determinado produto ou na comercialização de NFTs: de sapatos virtuais a joias com um design exclusivo. Aqui, o céu é o limite!
Com as tendências em redes sociais destacadas acima, podemos concluir que os usuários estão buscando cada vez mais por autenticidade, personalização, espontaneidade, conversas com as empresas e trocas reais nas redes sociais.
A transformação digital, somada a tecnologia atual traz diferentes recursos e ferramentas que proporcionam interações entre os usuários e as marcas, mas também é preciso estar atento ao comportamento dos consumidores e às novidades na web.
Agora que você conheceu todas as minhas apostas para as redes sociais em 2023, comente: em qual(quais) dela(s) você pretende investir para o próximo ano?
No dia 26 de novembro de 2022, das 14h às 17h, será realizado presencialmente na Escola Câmera Criativa o Workshop: Social Media Descomplicado: Como impulsionar o seu negócio com as redes sociais.
Serão 4h de conteúdo sobre as principais redes sociais da atualidade (Instagram, Facebook, YouTube, Twitter, LinkedIn, Pinterest e TikTok) e as vantagens de cada uma delas para garantir uma comunicação assertiva e que proporcione resultados para a empresa.
Artigo escrito por Carolina Felipe da Silva, professora de Marketing Digital da Escola de Fotografia e Arte Câmera Criativa. Carolina é Consultora de Marketing com MBA em Marketing e mais de 15 anos de atuação na área. Confira o perfil completo da professora clicando aqui.
